A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) desenvolveu-se a partir do modo único pelo qual o povo chinês compreendia a expressão existencial da vida e a interação do homem com seu ambiente.
Segundo essa visão, os seres humanos são um reflexo miniaturizado do próprio universo, e estão sujeitos aos mesmos princípios universais que regem o mundo à sua volta. A observação e análise minuciosa dos ciclos e fenômenos que ocorrem na natureza foram, por analogia, os modelos utilizados para a compreensão dos padrões de funcionamento do organismo humano. Os modelos de saúde e doença na MTC são apresentados em termos de harmonia ou desarmonia em relação ao fluxo vital, que anima o ser vivo. A mensagem primordial desses conceitos é que todas as coisas e eventos estão contextualizados em uma cadeia de relações, e que nada existe isoladamente. Os seres humanos dependem do meio ambiente para sobreviver e evoluíram na terra sob as mesmas leis universais e forças intrínsecas que regem o universo.
A linguagem da MTC nos textos clássicos reflete metáforas comuns à vida agrária e campestre da China antiga, e descrevem um modo de vida no qual o ser humano está integrado harmoniosamente, em um universo sincronizado, onde todos os aspectos multidimensionais do seu ser estão inter-relacionados. A MTC concebe o ser humano como um todo e postula que os sintomas, sejam eles físicos, mentais, emocionais são manifestações inseparáveis de uma mesma entidade orgânica. Nesse contexto são valorizadas toda a variedade de queixas, sinais e sintomas, presentes em cada caso, uma vez que os dados são interpretados dentro de um contexto que enfatiza o doente e não a doença isolada. Segundo a MTC, as desarmonias ou desequilíbrios podem ser verificados por meio de sinais físicos ou psíquicos, já que ambos os aspectos pertencem à mesma unidade. Esses sinais servem de base diagnóstica para se conhecer a causa inicial dos desequilíbrios. Os sinais e sintomas são classificados, agrupados e direcionam a hipótese diagnóstica para conclusões a respeito do que, na MTC, é denominado padrão de desarmonia. O princípio do Yin e Yang está presente em todos os aspectos da teoria chinesa, e é utilizado para explicar a estrutura orgânica do corpo humano, suas funções fisiológicas, e as leis referentes às causas e evoluções das doenças. O corpo humano é um todo organizado, composto de duas partes ligadas estruturalmente, opostas, contudo complementares. A Medicina Chinesa baseia-se no equilíbrio destas duas forças no corpo humano e a doença é vista como um rompimento desse equilíbrio. Yin e Yang referem-se a esses dois aspectos universais, negativo e positivo respectivamente, que estão em constante fluxo, um transformando-se no outro, dinamicamente, sem cessar. A harmonia do universo, segundo essa ótica, vem da interação entre esses dois aspectos contrários e complementares, de uma força que promove a ação e outra que promove a conservação, em equilíbrio dinâmico, ora uma, ora outra, predominando em um dado período, para a seguir ser suplantada por sua contra parte complementar à saúde. Sob esse prisma, refere-se a um equilíbrio dinâmico, entre os aspectos complementares da natureza universal, que estão presentes em nossa constituição biológica. Nessas condições, a “matéria-energia” vital ou QI, flui harmoniosamente pelo organismo. A doença, por sua vez, é a expressão de um desequilíbrio entre os aspectos Yin e o Yang em nosso ser, que acarreta um bloqueio do fluxo de QI.
O QI percorre os meridianos que formam uma complexa rede de caminhos que interligam várias áreas do corpo, desde sua superfície até os órgãos internos. Eles são linhas abstratas, sem uma estrutura concreta, onde estão localizados os pontos de acupuntura. O inter-relacionamento funcional do organismo se dá pela circulação de QI, através dos diversos meridianos. Existem, segundo a MTC, 12 meridianos principais, seis de características Yin e seis, Yang, que se relacionam aos Zang (órgãos) e Fu (vísceras), respectivamente. Os meridianos Yin são Fígado, Coração, Baço, Pulmão, Rim e Pericárdio. Os meridianos Yang são Intestino Delgado, Intestino Grosso, Estômago, Vesícula Biliar e Triplo Aquecedor. O estímulo por acupuntura, nesse contexto, serve como harmonizador das forças vitais do ser humano, regularizando o fluxo de QI e promovendo o restabelecimento da saúde, e prevenindo o desenvolvimento de doenças.
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